Fim do jogo
Caio era um típico rapaz ativo, sério e muito trabalhador. Apesar de um ritmo animado de vida ele era um viciado por jogos eletrônicos, principalmente os denomidos "primeira pessoa" no qual ele controlava um personagem do ponto de vista apenas de sua mão e arma, cujo objetivo principal era matar. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a maioria de viciados em jogos eletrônicos não são "nerds" mas sim pessoas normais.
Ao chegar do trabalho, ele ligava seu computador e ia logo se conectando para mais uma noite de tiros e mortes. Entretanto, o jogo não era seu único hobby. Ele gostava muito de estudar casos e experiências com magia negra, especialmente aquelas em que faziam beneficiar-se a pessoa feitora da magia. Hora ou outra Caio fazia a impressão de alguns encantos e tentava reproduzí-las, mas sempre sem sucesso. Certo dia Caio encontrou no site www.atormentador.com.br uma magia com o título: "Viveis aquilo que desejais. Realizais aquilo que sonhais." e imprimiu aquele texto que totalizou três páginas.
Logo no início do texto uma advertência:
"Este feitiço irá funcionar diante daqueles em que acreditarem na magia negra e seus grandes poderes, entretando um requisito é fundamental para que a execução realmente se torne real. Você precisa saber pronunciar latin. Se isto não for um impecílio, então precisamos alertar: cuidado com seu desejo. As consequências pode ser dolorosas, e até fatais. Siga por sua própria conta e risco. O site Atormentador.com.br não se resposabiliza por seu ato, mas apenas divulga uma cultura quase esquecida e o conhecimento de antigas civilizações.
As regras para utilização desta magia são:
- Tapete sobre chão frio cercado por três velas de seis horas e ambiente totalmente escuro, iluminado apenas à luz do fogo.
- Silêncio total. Não pode haver nenhum tipo de ruído adentrando o espaço.
- Concentrar-se em liberar sua mente e apagar tudo que haja nela.
- Faça seu desejo escolhendo aquilo que queira tornar real.
- Leia o encantamento até o fim com paciência e atenção interpretando cada palavra pronunciada.
"
Em seguida o texto em latin completava as duas páginas e meia restantes. O idioma latin nunca foi problema para Caio, pois faziam-se alguns anos desde que ele havia se formado em latin, justamente para dedicar-se ao hobby.
Ele leu as instruções e as seguiu à risca até o final num espaço de tempo de nove minutos. Ele terminou a leitura e ainda concentrado começou a perceber os efeitos da magia.
Seus pés latejando anunciavam uma fraquesa geral. Um calafrios subia suas espinhas amortecendo seus braços e corpo fazendo-o cair deitado de costas para o chão imobilizado, fitando o reflexo do fogo que reluzia na luminária de seu quarto escuro. Alguns segundos neste estado, e Caio escutou o farfalhar das árvores seguido de uma corrente de ar quente, o qual fez com que as velas apagassem. Mas instantes após a escuridão total, Caio observou uma intensa luz cegar seus olhos, enquanto podia sentir seu corpo voltar a responder a seus comandos.
Jogando seu braço direito sobre os olhos, ele escutava tiros e explosões vindas de todos os lados. O ar quente e úmido o deixavam em um abiente hostil, dando-o uma sensação de mal estar. Assim que sua visão voltava ao consciente, Caio pôde ficar estupefato acreditando que sua magia havia funcionado. Agora ele estava no meio de seu jogo de guerra favorito. Seu uniforme com colete, granada à cintura e outros aparatos o faziam parecer que carregava um elefante nas costas. Levantou por completo e percebeu sua arma primária, uma mp4 pendurada para trás, e sua pistola, uma Deagle presa ao coldre de sua cintura.
Ele estava em território inimigo ao qual conhecia muito bem. Percebeu uma movimentação repentina à sua esquerda, mas antes que pudesse pensar Caio levou um tiro na cabeça. Estava morto.
Sua visão turva o fez sentir vivo novamente e percebeu que estava no ponto de partida do jogo. Percebeu que podia morrer. Era um jogo, por isso sabia que voltaria em seguida. O que Caio não esperava era toda a aflição e agonia pela qual passaria.
Empunhou sua MP4 e saiu correndo estratégicamente como sempre fazia em frente a seu computador, mas bastaram alguns passos para que ele pudesse sentir o cançasso e o peso de todo aquele arsenal preso a seu corpo. Parou 16 metros de seu ponto de partida e aguardou para descansar. Bastou um segundo de descuido, e ele percebeu um inimigo à sua direita, mas antes que pudesse sequer erguer a arma levou um tiro em seu antebraço direito derrubando-o no chão. Na sequência, antes de ser massacrado, um membro de sua equipe o salvou da morte eliminando o inimigo.
Caio nunca havia sentido tanta dor em sua vida. Desprendia gritos ao mesmo tempo que tentava segurá-los. Seu companheiro que o havia salvo não ficaria ali parado. Sumiu em seguida deixando-o estirado ao chão. Ele olhava para o ferimento e percebia na parede a grande mancha de sangue feita pelo tiro que atavessara seu antebraço.
Na mesma esquina onde havia sido supreendido, outro inimigo surgiu andando de costas e atirando. Mas Caio, conseguiu num movimento rápido, aproveitando-se da vantagem de estar deitado ao chão, engatilhar sua pistola, e com quatro tiros acabara de abater o homem.
- Droga, matei uma pessoa. Que sensação horrível, que dor horrível.
Após pronunciar a frase a si mesmo, percebeu que ficar ali poderia ser perigoso. Levantou e caminhou ofegante até uma clareira escondida por um montante de caixas, mas um som estridente cortou o clima de guerra. Caio sentiu seu corpo leve, numa sensação nunca sentida antes por ele. Seu corpo parecia flutuar. Os gritos e tiros de guerra haviam cessado. Apenas silêncio enquanto seu corpo caía em direção ao chão.
A bala disparada de uma Scout havia atravessado seu lobo frontal, deixando-o sem sentido algum, até que a hemorragia tomasse conta do ferimento matando-o em seguida.
Acordara novamente no ponto de partida, e o medo de levar um novo tiro o fez ficar mais esperto e atento, olhando para os lados de segundo em segundo, andando com cautela e perspicácia.
- Granadaaaa!!!
Gritou um de seus companheiros.
Junto com aquele grito, o tilintar do artefato de metal o anunciava a seus pés. Apenas o tempo de olhar para baixo e a granada explodiu arrancando suas duas pernas. O sangue jorrando, deixara uma grande poça vermelha, onde outros soldados pisavam exaustivamente deixando marcas de sangue por todos os lados. A dor dos estilhaços espalhados por seu corpo faziam seu corpo arder em febre ao mesmo tempo em que seu coração ficava cada vez mais fraco até a morte amenizar sua dor.
- Toc toc toc
Alguém batia à porta do quarto de Caio. Era sua mãe.
- Filho, você está bem?
Nada de resposta.
- Caio, o que é este cheiro de vela queimada e porque está tudo escuro?
- Caio!!!! Responda menino. Abra essa porta.
Mas nada de Caio responder.
A Sra. Maria correu para um de seus vizinhos e pediu ajuda.
- Robert, por favor me ajude.
Implorou Maria.
- O que aconteceu?
Indagou Robert.
- Meu filho está trancado em seu quarto e alguma coisa aconteceu pois ele não responde. Por favor arrombe a porta para mim.
E os dois entraram correndo até o quarto de Caio.
Com dois chutes Robert derrubou a porta, e para espanto dos dois, Caio estava caído de costas para o chão de olhos abertos e morto.
Sua mãe horrorizada com o que seu filho estava fazendo, por ser católica, pediu segredo a Robert, e antes que chamassem a ambulância, Maria retirou todos os artefatos relacionados a magia negra e jogou fora.
Caio não havia se lembrado, mas de acordo com seu jogo ele tinha apenas 3 vidas.
FIM
Bah!
ResponderExcluirEsse conto me fez lembrar oque uma velha e ''feiticeira'' amiga sempre me dizia: CUIDADO COM OQUE TU PEDE POIS TU PODE SER ATENDIDA!
Medo...
Hi,
ResponderExcluirMy name is Sheila. I live in Chicago. I have 2 dogs that are my life. I enjoy running, hanging out with friends, and dancing.
“If you truly are half as beautiful and interesting as your profile indicates, I’m ready to say “I do”! Okay, maybe I’m getting ahead of myself here,
but I wanted to let you know we definitely need to sit down and chat sometime.”
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