Por isto mesmo, o gênero sempre foi um terreno fértil para games desde o pioneiro Haunted House, lançado em 1982 para o Atari 2600 pela própria Atari. Neste jogo, você entrava em uma mansão tomada por um espírito maligno, com a missão de reaver uma urna perdida em um dos quatro andares da casa.
As limitações do hardware do console não impediram que os jogadores da época tivessem seus sustos: como era incapaz de fazer um protagonista que parecesse humano o bastante para o jogador se identificar, a Atari colocou a mansão inteira no escuro, deixando visíveis apenas os olhos do protagonista – uma medida criativa que ajudou a compor o clima do jogo.
Muita coisa mudou na indústria de games dos anos 80 para cá, e desde o pioneiro Haunted House vários títulos mexeram com os batimentos cardíacos dos jogadores. Neste Top 10, vamos lembrar de alguns dos mais grotescos, horripilantes e divertidos jogos que fizeram suar fria a mão que segura o joystick.
10 - Alone in The Dark
Haunted House colocou o horror nos games, mas foi Alone in The Dark que definiu os parâmetros do gênero para as gerações futuras. O primeiro Alone in The Dark foi lançado pela Infogrames para os PCs em 1992 (dez anos depois de Haunted House) e rodava em DOS, um sistema operacional mais velho do que muitos gamers de hoje em dia.
Para os padrões atuais, os polígonos de Alone in the Dark dão a impressão de que podem furar um olho, mas para a época, o jogo representou uma revolução, tanto nos gráficos quanto na forma de envolver o jogador enquanto contava a história do detetive Edward Carnby, enviado para uma mansão na Lousiana para investigar o suicídio do seu antigo proprietário.
O jogo teve um port para o finado 3DO em 1994 e várias outras versões. A mais recente, de 2008, foi lançada para PC, PS3 e Xbox 360, Wii e até Playstation 2, mas sem causar o mesmo impacto do original.
9 - Splatterhouse
Se alguém batesse no liquidificador as franquias Finais Fight e Uma noite alucinante, o resultado seria Splatterhouse. O game foi lançado em 1988 pela Namco para os Arcades, e teve um port para o TurboGrafx-16 em 1990 em a violência foi atenuada para as audiências domésticas.
Mesmo assim, violência é o que não falta em Splatterhouse: o jogo não nega sua vertente trash. O enredo é uma piada, mas ninguém se importa: o protagonista Rick e sua namorada Jennifer se perdem em uma mansão macabra enquanto fogem de uma tempestade, Jennifer some e Rick encontra a Máscara do Terror (uma máscara de hóquei, como a de Jason Voorhees no cinema), que lhe dá poder para lutar contra todas as coisas bizarras da casa enquanto procura por sua namorada.
E bizarrice é o que mais tem neste game: Splatterhouse traz como inimigos monstros disformes, cadáveres enforcados em decomposição, vermes assassinos, maníacos da serra elétrica e até úteros gigantes. Tudo é extremamente gráfico em Splatterhouse: os cenários, as animações dos inimigos morrendo e até as armas – destaque para o cutelo de açougueiro, que abre a barriga dos inimigos, liberando uma massa de tripas esverdeadas na tela.
A série ganhou duas sequências para o MegaDrive em 92 e 93, além de um remake para os consoles da nova geração em novembro do ano passado.
8 - Phantasmagoria
Antes de Phantasmagoria, nós estávamos acostumados a controlar personagens feitos de sprites e polígonos, mas neste jogo de 1995 a Sierra trouxe um protagonista de carne e osso. Um não, uma: a escritora Adrienne Delaney, que passou a ter encontros indesejados com o sobrenatural após se mudar com o marido Donald Gordon para uma casa que pertenceu a um ilusionista insano.
A mistura de voyeurismo com elementos sobrenaturais geraram um clima interessante, que desperta a curiosidade do jogador. O problema é que tudo parece forçado e pouco natural. Se as atuações do elenco de Phantasmagoria fossem mais convincentes, certamente o jogo estaria melhor colocado neste ranking.
Apesar deste revés, o jogo teve uma sequência, batizada de A puzzle of Flesh, lançada no ano seguinte e sem conexão alguma com o a história do antecessor.
7 - Jericho
Lançado em 2007 para computadores, Xbox 360 e PS3, Jericho seria apenas mais um jogo de tiro em primeira pessoa, com os protagonistas de sempre (um time de fuzileiros) e elementos sobrenaturais… caso não tivesse sido idealizado por um dos mestres mundiais do horror, o britânico Clive Barker.
Barker, que ficou conhecido pela série de filmes Hellraiser, mostra como torturas criativas e desprezo pela condição humana podem ser o pano de fundo para boas histórias. Em todos os seus trabalhos, o outro mundo sempre é retratado com sadismo, e em Jericho não é diferente. Além deste apelo visual, o enredo envolvente ajuda a prender a atenção do jogador neste game onde a morte do protagonista é apenas o começo.
6 - Clock Tower
Imagine a cena: você é uma adolescente órfã de 14 anos, recém adotada junto com suas três melhores amigas por uma família rica que mora em uma mansão afastada. A nova vida parecia um sonho, mas as boas novas duraram pouco quando as outras adolescentes desaparecem após um blecaute. Para completar, um psicopata espreita a casa, desafiando você a sair com vida e salvar a todos que puder enquanto tenta desvendar os mistérios da estranha família dos seus pais adotivos.
Essa era a premissa de Clock Tower, um survival horror point and click lançado para Super Nintendo em 1995 pela Human que trouxe para os videogames o gênero slasher, em que protagonistas indefesos fogem de um maníaco mal intencionado.
No caso de Clock Tower, o maníaco em questão era Scissorman, um oponente cruel e diminuto que perseguia as meninas com uma tesoura de jardinagem, transformando a experiência do jogador em um pique-esconde macabro que poderia terminar de várias formas diferentes, sendo que na maioria delas, as pobres órfãs se davam mal.
A franquia Clock Tower foi posteriormente assumida pela Sunsoft, que fez uma série de jogos para os consoles da Sony. O último, de 2002, saiu para o Playstation 2.
5 - Doom
Clássico absoluto da iD Software lançado para os computadores em 1993, Doom revolucionou a indústria de games ao apresentar uma perspectiva de primeira pessoa mais natural que seus antecessores Wolfenstein 3D e Spear of Destiny (ambos lançados pela iD em 1992), utilizando cenários mais complexos, texturas revolucionárias, jogos de luz e sombra, além de efeitos sonoros assustadores para colocar o jogador no clima.
Por todos estes méritos técnicos, o game até hoje é referência no gênero de tiro. Mas o mais importante é que todos estes recursos foram utilizados com maestria para criar uma atmosfera que mistura ficção científica e misticismo.
Doom é o inferno na terra. É praticamente impossível dar um passo sem ver na tela um corpo empalado ou um inimigo tenebroso. Doom tem de tudo: fuzileiros zumbis, caveiras voadoras, bestas flamejantes e demônios cibernéticos.
A série foi muito popular nos anos 90, ganhando uma sequência para os PCs e várias versões nos consoles de 16, 32 e 64 bits. A terceira versão da franquia foi lançada em 2004, mas a iD software está trabalhando desde 2008 para colocar um novo Doom no mercado, garantindo pesadelos para uma nova geração de gamers.
4 - Resident Evil
Fato: cientistas loucos, fantasmas e entidades do além adoram grandes empreendimentos imobiliários. Sim, porque grande parte dos jogos de survival horror se passa em mansões (é só olhar esse Top10), enquanto até hoje ninguém fez um game sobre um quarto e sala mal assombrado…
Resident Evil pode não ser original, mas seu mérito está mais na execução do que na criação. O game da Capcom é de 1996, mas empresta elementos do primeiro Survival Horror da empresa: Sweet Home, lançado para o 8-bits da nintendo somente no Japão em 1989.
Mas ao contrário de seu antecessor espiritual, o “mal residente” não é típico do horror japonês: trata-se de uma homenagem à obra do grande George Romero, pai dos filmes de zumbi. E tal qual no cinema, a franquia da Capcom mostra o crescimento exponencial da ameaça: da casa maldita para a cidade, e depois para o mundo.
Resident Evil teve versões e sequências para vários consoles, mas recentemente a série deu uma guinada, mostrando inimigos diferentes dos tradicionais desmortos, o que causa controvérsia entre os fãs – os jogos novos até que são bons, mas será que ainda são Resident Evil?
3 - Dead space
Em 2008 a EA Games apareceu com esta jóia em forma de jogo no Xbox 360, Ps3 e PCs. Seguindo a tradição da série Alien, Dead Space leva o horror para o espaço neste jogo surpreendente e original.
Mas não é só na ambientação que Dead Space quebra paradigmas. A interface é bem limpa, já que não há HUD (Head-Up Display, os marcadores do jogo). Toda a informação sobre munição, vida e localização é repassada para o jogador através da roupa do protagonista Isaac Clark, deixando a tela mais limpa para que o jogador possa se concentrar nos inimigos.
E que inimigos! Os Necromorfos do jogo são criaturas dignas de pesadelo, e garantem sustos desde a primeira aparição. A jogabilidade também é única: contrariando a lógica do gênero, um tiro na cabeça é a pior opção para lidar com a ameaça morta viva alienígena – em Dead Space, você é desafiado a utilizar desmembramentos estratégicos para inutilizar os inimigos que avançam sem parar em sua direção.
Além do primeiro jogo, Dead Space tem uma prequência lançada para Nintendo Wii na forma de shooter on rails, e o Dead Space 2 foi lançado em janeiro, trazendo como novidade um modo multiplayer.
2 - Silent Hill
Videogames utilizam elementos sobrenaturais como antagonistas desde 1980, quando quatro fantasmas passaram a perseguir Pac Man no árcade homônimo. Mas foi a franquia Silent Hill que conseguiu equilibrar estes elementos de forma mais harmoniosa.
Desde sua estréia em 1999, Silent Hill demonstrou que não seria um Survival Horror genérico: o grande personagem da saga é a própria cidade, que envolve o protagonista do jogo com sua atmosfera opressiva. Silent Hill foi um marco ao sair dos clichês violentos para impressionar o jogador com eventos bizarros e terror psicológico.
1- Eternal Darkness: Sanity’s Requiem
O GameCube pode ter sido um equívoco em forma de videogame, mas Eternal Darkness, lançado em 2002, foi uma das exceções na galeria de títulos ruins do console. A trama, que se desenrola através do tempo, é contada na forma de flashbacks – permitindo ao jogador controlar vários personagens, como uma sacerdotisa pré-colombiana, um soldado romano e um padre europeu.
Por conta dessas inovações, Eternal Darkness apresenta um grau de imersão que proporciona sustos distintos, sejam através do personagem ou diretamente no jogador.
Fonte: TechTudo
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ow coloca a historia do massacre de colombine se ja tem avisa se nao tiver coloca ae e um classico do serial killer valew abraçao!11!.
ResponderExcluira e belo post agora sim abraço.
belo post, são games realmente assustadores!
ResponderExcluirforever Alone in The Dark
ResponderExcluirlol ne
"todo o tipo de surpresa desagradável quando a “barra de sanidade” dos personagens começa a diminuir: são coisas que vão de alterações aparentes no volume da TV até jogos salvos deletados arbitrariamente."
ResponderExcluirPUTA QUE PARIU isso sim é terror nos gamers IAUEHDA apagar save é mancada das grandes
ja joguei o resident e selent hill e demais eu recomendo
ResponderExcluirGostei do trailer do dead space
ResponderExcluireste Eternal Darkness é foda msm.
ResponderExcluireu nunca joguei + um colega meu me disse ke era de da medo msm