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ETs podem estar se comunicando com nós através do piscar das estrelas

Lucianne Walkowicz, astrofísica com pós-doutorado pela Universidade de Princeton, quer conduzir uma procura por inteligência extraterrestre, não fazendo algo convencional, como escutar ondas de rádio vindas de outros sistemas solares. Ela quer ver se os ETs estão manipulando a luz vinda de suas estrelas.

Graças ao programa intitulado “New Frontiers in Astronomy and Cosmology” (Novas Fronteiras em Astronomia e Cosmologia), financiado pela fundação John Templeton e administrado pela Universidade de Chicago, Walkowicz terá uma chance de testar sua tese.

As chances de uma descoberta pela utilização do projeto de Walkowicz podem ser poucas, mas a técnica de pesquisa é bem direta. Ela diz: “Nossa premissa é que até agora tivemos idéias precipitadas do que um sinal deveria ser para o SETI“. Ele basicamente seria o tipo de sinal que sabemos criar e, de forma compreensível deveria ser assim, já que a procura por um sinal de alguma tecnologia inteiramente incompreensível seria difícil de entender.

Se os alienígenas forem tão avançados, eles poderiam causar mudanças no piscar de suas estrelas, porém, não importaria como eles conseguiriam fazer isso, e seria fácil o suficiente de ver com nossa tecnologia atual. Na verdade, diz Walkowicz, “nossa premissa foi, ‘e se nós já detectamos um sinal, mas não o vimos devido às nossas pré-concepções?‘”.


Walkowicz e seus co-investigadores propuseram olhar através de sinais em potencial: os arquivos da missão Kepler, que tem estado, desde 2009, procurando no espaço por estrelas que estejam piscando, devido as órbitas de seus planetas estarem fazendo com que os mesmo passem na frente de suas luzes. O Kepler também vê estrelas que estão piscando porque possuem manchas solares, ou porque estão sendo obscurecidas por outras estrelas, ou ainda porque elas aumentam e diminuem seus brilhos naturalmente por si mesmas.

O que Wlakowicz e sua equipe farão é usar algoritmos de software para procurar por padrões anômalos de variabilidade. “Obteremos todo os tipos de coisas que compreendemos“, diz ela, “mas também estaremos procurando por coisas que não combinam, de acordo com os processos de física já conhecidos“. Naturalmente, eles tentarão primeiro explicar estas variações anormais dentro da física convencional - e, de fato, a descoberta de novos tipos de variações estelares poderiam ser um benefício colateral valioso do projeto.

Uma vez que ela e sua equipe tiverem descartado todas as explicações naturais plausíveis das estranhas variações nos brilhos, eles serão forçados a considerar a possibilidade de que realmente ETs estão chamando.

“O que nos levaria a dizer que seja realmente um sinal alienígena?“, ele pergunta. “Eu não sei, mas para mim, [o fato de] encontrar coisas que você não possa explicar é interessante, seja lá o que for…”
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About Nando Gerhardt

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