GADABRA-DRABYATHYLON
Os mistérios da mente! Eles estão estreitamente ligados aos mistérios do sobrenatural, não resta a menor dúvida. Contudo os fanáticos e presunçosos do Materialismo e os cães de guarda da ortodoxia científica, numa visão egocêntrica, cética, dogmática e por vezes debochada afirmam e reafirmam que as aparições do outro mundo não passam de cintilações mórbidas de mentes abaladas pela alucinação, pelo delírio ou pela perturbação mental ou loucura.
Durante muito tempo pesquisei os mistérios sobrenaturais, principalmente as materializações de entidades não-humanas no plano físico.
Estudei vários livros ditos proibidos, como o Necronomicon, o terrível Opus Daemoniun, o Liber Logaeth, entre tantos e tantos outros.
Nas páginas do conhecimento arcano, conheci lugares e divindades extrafísicas, deuses e demônios arcaicos, como o carniceiro Czuluhtulgramatus, também chamado apenas de Czuluh, um ser meio humanóide e meio polvo; conheci também a lendária Zarkália, além das fronteiras esotéricas dos sonhos; conheci o terrível, necrófago e assassino de inocentes chamado Gadabra-Drabyathylon.
É sobre esse último que falarei neste meu relato. Estou digitando tudo no computador, e logo enviarei por correio eletrônico a vários amigos e familiares e principalmente a meu amigo na capital. Meu amigo se chama Leopoldo Sversh, e ele é advogado e saberá o que fazer por mim. Estou aqui em meu sótão, na modesta casa em que habito, próxima do mar, na assombrada cidade de Maremontes.
Coisas estranhas andaram acontecendo em Maremontes. Uma força foragida dos confins do Além, eu tenho certeza. Do Além ou do Inferno!
Tudo começou naquela noite de inverno, quando o vento sul e a garoa tornava tudo ainda mais melancólico e sombrio em Maremontes.
Já passava das dez horas da noite quando alguém bateu na porta. Desci a escada em caracol. Fui averiguar. Era uma senhora de semblante assustado, visivelmente controlando seu pranto de desespero. Fi-la entrar, cavalheirescamente.
Tratava-se de dona Zulmira de Castro. Na verdade ela estava aterrorizada, quase não conseguia falar.
- Senhor Rogério...Pelo amor de Deus, estou desesperada! Só o senhor pode me ajudar!...Eu sei, e toda Maremontes também, que o senhor pesquisa fatos do sobrenatural, coisas do outro mundo, por assim dizer...Rogo-lhe que me ajude, Senhor Rogério!...Senhor Rogério, minha filha Jacinta, de 16 anos...Algo se passa com ela, algo muito estranho, algo terrível...Algo que não é normal...Algo sobrenatura! Pelo amor de Deus, o senhor é o único que pode me ajudar...Tentei falar com o padre Jeremias, mas ele disse que não faz exorcismos, além de seguir a filosofia do Padre Quevedo, disse-me que isto é um caso para psicólogo ou psiquiatra...
- Não posso garantir que terei a competência para ajudar sua filha, no entanto, estou à sua disposição para o que for preciso...De fato me interesso por esses fenômenos ditos sobrenaturais ou paranormais - falei, acabando de tomar uma dose de conhaque para afugentar o maldito frio do Sul.
- Oh, Deus lhe pague, senhor Rogério! O senhor é minha última esperança!... Venha comigo, por favor!...
-Está bem, irei pegar minha jaqueta negra de couro, meus óculos escuros e minha maleta contendo apetrechos específicos para tais casos.
- Sim, eu espero o senhor se aprontar. Iremos de táxi, o Valdemar está nos esperando. Valdemar é o chofer do táxi.
-Ótimo. Iremos já, só espere eu tomar um banho rápido e me vestir, certo?
Legal o conto, porem não gostei do final, esperava por algo beeeeeem diferente!
ResponderExcluirn consigo ler esse daki tb a segunda parte
ResponderExcluirlegal
ResponderExcluiré um conto do escritor Rogério Silvério de Farias
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